quarta-feira, 30 de abril de 2008

Diabetes, Uma Marca de Açúcar?

Parte I

Descobris-te que és diabético e não fazes a mínima ideia do que isso é? Então foi a pensar em ti que decidimos falar sobre esta doença que cresce de dia para dia nas sociedades ocidentais. Nesta primeira parte damos-te a conhecer a doença e numa posterior dar-te-emos algumas dicas de como conciliá-la com o dia-a-dia e como tentar preveni-la.

MUITOS DE NÓS já ouviu falar da Diabetes. Alguns poderão até ter uma noção do que se trata. Mas a maior parte das pessoas ainda não sabe verdadeiramente no que consiste esta doença.

Afinal, em que é que consiste a diabetes?

As concentrações de açúcar no sangue variam durante o dia, aumentado sempre após as refeições. A insulina, hormona produzida pelo pâncreas, é responsável pela manutenção dos valores adequados de açúcar no sangue. Na diabetes existe falha deste mecanismo de compensação, resultando numa deficiente capacidade de utilização do nosso organismo da nossa principal fonte de energia – a glucose. Se a glucose não for utilizada, acumula-se no sangue (hiperglicémia), favorecendo algumas complicações vasculares graves.

Existem vários tipos de diabetes. A mais frequente (90% dos casos) é a chamada DM2. Também designada diabetes não-insulino dependente, ocorre quase sempre associada à obesidade visceral (caracterizada pela acumulação de gordura no tronco, especialmente na região abdominal), em indivíduos com predisposição genética. O seu aparecimento e progressão são favorecidos no contexto de um estilo de vida não promotor de saúde: pouco exercício físico, com consumo excessivo de calorias e gorduras. Na diabetes tipo 2 o pâncreas é capaz de produzir insulina. Contudo, a alimentação incorrecta e a vida sedentária, tornam o organismo resistente à acção da insulina (insulino-resistência), ou seja há interferência na capacidade da insulína ajudar a retirar glicose do fluxo sanguíneo para as células. Tal facto obriga o pâncreas a trabalhar em excesso, até que chega uma altura em que a insulina produzida deixa de ser suficiente em quantidade para colmatar a resistência periférica dos tecidos à hormona.

Quais são os sintomas?

A hiperglicémia (aumento de açúcar no sangue) geralmente convive com os seguintes sintomas: urinar em grande quantidade - Poliúria; sede constante - Polidípsia; fome constante - Polifagia; sensação de boca seca - Xerostomia.

Quais as complicações?

A diabetes de tipo 2 é uma doença metabólica com consequências principalmente a nível vascular, capaz de afectar o coração, o cérebro e os vasos arteriais renais e periféricos. Neste contexto, os diabéticos configuram uma população especialmente sujeita a enfarte do miocárdio, AVC, insuficiência renal, claudicação intermitente (insuficiência de circulação arterial nos membros inferiores), ou retinopatia (doença degenerativa na retina), eventos que podem ser potencialmente fatais.

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