segunda-feira, 21 de abril de 2008

Flores Comestíveis: Uma Moderna Forma de Cozinhar

O brócolo, a couve-flor e a alcachofra são flores que nos habituámos a considerar comestíveis e não ornamentais. Mas agora a conversa é outra: depois da visão, do olfacto e até do tacto, é a vez do paladar usufruir das propriedades do gerânio, da violeta ou da capuchinha, entre outras flores.

Desengane-se quem pensa que esta nova tendência ainda não atraiu seguidores. Basta prestares atenção à secção de legumes de alguns supermercados para descobrires embalagens de rosas e violetas por entre os agriões já arranjados e o feijão verde cortado à medida. Até as pizzas já se renderam a este encanto! Se consultares a descrição da Pizza Fiori, verás que esta é constituída por "Flores frescas (comestíveis, claro!), e queijo 100% mozzarella".

Antes que te passe pela cabeça fazer um piquenique com as flores do quintal da vizinha, lê este texto até ao fim. Isto porque, por questões de segurança, é extremamente importante saber distinguir o "trigo do joio".
Em primeiro lugar, as flores utilizadas na alimentação não são as que se compram em floristas ou garden centers, uma vez que estas são cultivadas com o recurso a produtos químicos muito prejudiciais à saúde. Por exemplo, uma rosa ornamental é diferente de uma rosa destinada a ser consumida, uma vez que se adquire em produtores especializados, que respeitam os processos adequados ao cultivo de produtos alimentares. E pode comer-se.
Em segundo lugar, falar em "flores comestíveis" não deve servir de pressuposto para concluires que "todas as flores são comestíveis". Deixemos os silogismos de parte, que o assunto é sério e requer muita precisão. Existem flores que apresentam princípios tóxicos na sua composição e não devem ser usadas na alimentação de forma alguma. É o caso das violetas africanas, dos crisântemos e do lírio, entre muitas outras.

Flores para saborear…
As pétalas de rosa há muito que são usadas em infusões e conservas. Agora são ingredientes de eleição para sobremesas e conferem um sabor suave e muito agradável a pratos fritos, como a tempura de pétalas de rosas, uma entrada deliciosa e rica em vitaminas.
A capuchinha, ou flor de nastúrcio, muito decorativa, de gosto levemente picante e rica em vitamina C, combina na perfeição com saladas.
Nativo da Europa e Ásia Ocidental, o amor-perfeito contagiou o mundo inteiro. Além de lhe serem atribuídas propriedades diuréticas, é muito requisitado para saladas e sobremesas.
A begónia, a tulipa, a alfazema e o gerânio são também contempladas nesta selecção, e as suas utilizações variam consoante a imaginação e a experiência dos cozinheiros, tendo sempre em conta as suas características – no fundo, tal como se utiliza qualquer outro ingrediente em culinária.


Que tal experimentar?

1 comentário:

Isabel G. e Rita B. disse...

Muito interessante este post!!é giro saber que as florizinhas do nosso jardim ou quintal também se podem comer!! :)